Escrito por: Nutricionista Lívia Marques
@liviamarquesnutri
A ingestão de proteínas, muitas vezes, é associada apenas à fisicos com muscultura muito desenvolvida, como atletas de fisiculturismo, fazendo com que atletas de resistência/endurance não dêem a devida atenção à ingestão proteica, a fim de evitar volume muscular.
O treinamento de resistência é capaz de promover o acúmulo de metabólitos, esgotar o estoque de energia e induzir dano muscular que, em seguida, com o processo de recuperação e reparo, será reestabelecido. Esse processo se repete continuamente (fadiga -> dano -> recuperação) e, portanto, a recuperação muscular pós treinamento é essencial para garantir o reparo dos danos e da fadiga muscular, possibilitando adaptações favoráveis do treinamento.
A nutrição apresenta, então, uma tarefa fundamental na remoção, reparação e reestruturação das proteínas musculares que foram modificadas pelo treinamento. Nesse ponto, as proteínas desempenham um papel essencial: o aumento da disponibilidade desse nutriente após o exercício facilita a reparação/remodelação muscular, já que os aminoácidos serão utilizados para a construção de novas proteínas musculares.
As alterações após o treino de força são diferentes das alterações decorrentes do treino de resistência e, assim, favorecem construções musculares de caráter distintos.
No exercício de endurance, a construção de proteínas mitocondriais prevalece e será indispensável no processo de quebra de nutrientes e fornecimento de energia para a contração muscular.
Ou seja, o treinamento bem planejado, associado às estratégias nutricionais e ingestão proteica adequada, favorece melhoras de desempenho, maior resistência à fadiga e recuperação acelerada.